Qual é o público-alvo ideal de uma confeitaria? Descubra

Vá além da ideia básica de “pessoas que gostam de doces” para definir o público-alvo de uma confeitaria: leve em conta sempre qual é a proposta de valor do estabelecimento e quais são os hábitos dos indivíduos que você gostaria que consumissem cada produto oferecido!

Considere também a localização do estabelecimento, a mensagem que a identidade visual, o ambiente e a decoração passam e até o poder aquisitivo de quem circula nos arredores e pode ser atraído por tal comunicação.

Parece difícil? Não se preocupe! Depois da leitura deste artigo, você estará pronto(a).

O que é público-alvo? Para começar!

Público-alvo é um termo usado no marketing e na administração que faz referência ao tipo de cliente ideal de um comércio, ou seja, às pessoas que um empreendimento deseja atingir com seus produtos ou serviços.

E você pode até pensar que o melhor público-alvo seria “todo mundo”, mas é justamente o trabalho focado em determinados grupos de consumidores que vai fazer o seu negócio se diferenciar num mercado tão concorrido como o da confeitaria, por exemplo.

Qual o público-alvo de uma confeitaria?

Não há um público-alvo exato para quem vai vender doces, então, a resposta desta pergunta varia de acordo com alguns aspectos. Seus clientes-alvo devem ser definidos não apenas pelo tipo de produto a ser oferecido, mas também por características específicas pessoais que correspondam às visões e aos valores do negócio.

Vale considerar:

• faixa de idade;
• gênero;
• renda;
• educação;
• profissão;
• hobbies e gostos pessoais; e
• hábitos de consumo.

Na verdade, o ideal antes de continuar na busca por bater o martelo sobre o público-alvo é criar uma persona para a sua confeitaria, ou seja, uma representação fictícia do seu consumidor ideal.

Dá uma olhada em como a criação da persona ajuda na outra definição!

Indo adiante, o que é oferecido no seu estabelecimento também conta muito, sabia?

3 outros fatores que ajudam a definir público-alvo de confeitaria

Após ponderar fatores pessoais, pondere também aspectos diretamente ligados ao estabelecimento, pois eles podem ser ótimos nortes para ajudar você na missão da definição do público-alvo: localização, preço desejado para cada item e produtos oferecidos.

1. Localização

Entenda quem passa na frente do seu ponto comercial, se a circulação acontece mais de carro, a pé ou com transporte público, em quais horários o público costuma aparecer na rua ou no quarteirão etc.: tudo isso vai lhe ajudar, depois, a compreender os hábitos do nicho a ser atingido.

Perceba pela tabela do tópico anterior que o público-alvo de uma confeitaria em bairro nobre, por exemplo, com certeza está disposto a gastar mais do que o de uma confeitaria em outra área. Ao mesmo tempo, certamente vai ser mais exigente em relação aos insumos usados em cada receita.

E quem come doce à noite pode não ter os mesmos interesses de quem faz o consumo pela manhã, quem anda de carro pode precisar de um tipo diferente de embalagem do que quem passa a pé etc.

Cada detalhe precisa ser ponderado!

2. Preços

A precificação do seu cardápio, ou seja, quanto você pretende cobrar por cada item do menu também acaba impactando na definição do público-alvo.

Ter um ambiente e pratos mais requintados, provavelmente exige a cobrança de valores mais altos, então, é preciso saber se os fregueses nos quais você está mirando têm vontade de pagar por eles.

Por outro lado, montar uma confeitaria mais simples e disponibilizar um espaço mais familiar e descontraído para consumo das receitas, enquanto lhe permite cobrar menos pelos produtos, talvez também não atraia pessoas em busca de mais exclusividade. É essa turma que você pretende atender?

3. Pratos oferecidos

Pegando gancho no tópico anterior, as receitas não só precisam fazer sentido com a localização, o ambiente do empreendimento e o preço praticado, como devem atender às necessidades do público-alvo, então, cabe a você entender quais elas são!

No endereço do seu ponto comercial, nos horários em que você observou mais procura e dentro dos preços que você pretende praticar, que tipos de pratos deverão fazer sucesso e quem deverá comprá-los? Responda da melhor forma possível.

Ainda em dúvida? Antes de montar o cardápio da confeitaria, inspire-se através de alguns exemplos.

Exemplos de público-alvo de uma confeitaria

Nos exemplos abaixo, perceba como os fatores apresentados para você no decorrer deste artigo têm impacto direto ou indireto na definição do público-alvo. Veja como diferentes ideias para confeitarias são trabalhadas na busca por atingir diferentes grupos de pessoas.

Confeitaria em Curitiba

• Localização: bairro nobre da capital do Paraná.
• Ambiente: luzes quentes e aconchegantes e decoração chique, com guardanapos de pano. Às quartas, quintas e sextas-feiras, tem um pianista que toca jazz suave durante o chá da tarde.
• Ticket médio: R$ 80 a R$ 250 por pessoa.
• Pratos oferecidos: doces criados por chefs renomados e produzidos com ingredientes de primeira linha, salgados refinados, vários tipos de cafés, chás e sucos e drinks alcoólicos autorais.
• Público-alvo: pessoas de alta renda que procuram um lugar diferenciado para frequentar sozinhas ou com outras pessoas e até para encontros românticos no final da tarde. São consumidoras de doces, mas, acima disso, são fãs da alta gastronomia.

Confeitaria no Rio de Janeiro

• Localização: centro da capital fluminense.
• Ambiente: ambiente aconchegante, decoração em tons terrosos, livros e jornais à disposição da clientela, espaço de cowork aberto de segunda à sexta-feira e saraus organizados aos sábados.
• Ticket médio: R$ 40 a R$ 100 por pessoa.
• Pratos oferecidos: bebidas quentes e frias tradicionais, pão-de-queijo e outros salgados similares, fatias de bolo e doces individuais, como brownies e pudim.
• Público-alvo: pessoas de classe média que querem um lugar para relaxar, ler ou trabalhar enquanto consomem um bom café e comidinhas gostosas.

Confeitaria em Guarulhos

• Localização: bairro com imóveis comerciais e residenciais da segunda cidade mais populosa do estado de São Paulo.
• Ambiente: com temática colorida, a confeitaria tem sofás e outros itens decorativos em cor-de-rosa e papéis de parede em tons vibrantes e vivos. Para além dos sofás, nos quais se acomodam entre 2 e 3 pessoas, tem apenas algumas outras poucas mesas para 2 e 4 pessoas.
• Ticket médio: R$ 15 a R$ 50 por pessoa.
• Pratos oferecidos: bebidas quentes e frias tradicionais, pão-de-queijo e outros salgados similares, fatias de bolo e doces individuais, como brownies e pudim.
• Público-alvo: predominantemente composto por mulheres que buscam um lugar familiar e seguro para desfrutar de uma refeição “comfy” e adoçar a vida.

Confeitaria perto de ciclovia

• Localização: perto da ciclovia do Rio Tietê, mas também da estação de trem.
• Ambiente: totalmente industrial, com atendimento em balcão e implemento da tecnologia de totem de autoatendimento para acelerar o serviço.
• Ticket médio: R$ 30 a R$ 75 por pessoa.
• Pratos oferecidos: café coado e/ou espresso, com ou sem leite, café gelado puro ou com leite, suco de laranja, pão-de-queijo, queijo-quente e fatia de bolo do dia.
• Público-alvo: durante a semana, por estar próxima da estação de trem, a cafeteria atende trabalhadores homens e mulheres de classe média que passam por ela. Aos finais de semana, em contrapartida, atende majoritariamente homens, ciclistas, que têm entre 40 e 50 anos. Eles também pertencem à classe média ou classe média-alta.

Confeitaria em casa

• Localização: bairro do Extremo Sul de São Paulo.
• Ambiente: a casa da confeiteira.
• Ticket médio: R$ 200 a R$ 600 por encomenda.
• Pratos oferecidos: venda exclusiva de centos de brigadeiros, beijinhos, coxinhas e bolinhas-de-queijo para festas e eventos.
• Público-alvo: vizinhos, trabalhadores e moradores do bairro que querem comprar doces e salgados em maiores quantidades por um preço acessível para festas de aniversário, happy hours e encontros. A maioria compra através do cardápio digital para delivery que ela adotou.

Viu só quantas possibilidades? E, se você abrir as portas depois de ter seguido um caminho, mas notar que muita gente fora do público-alvo definido estiver frequentando a cafeteria, não tem problema.

Apenas considere fazer uma pesquisa de mercado e buscar uma nova definição o quanto antes! Vale até oferecer um cupom de desconto ou um docinho grátis para convencer a galera a responder.

Então, vai ser só ajustar (ou começar) seu plano de marketing para a confeitaria e todas as divulgações!

Como divulgar doces para vender?

Quando pensar em divulgar seus doces para vender, marque presença nas redes sociais com um perfil próprio da confeitaria, feche parcerias que façam sentido para ampliar o alcance da marca, incentive a propaganda boca a boca através de degustações e de um bom atendimento, por exemplo, e aproveite datas comemorativas.

Reserve um tempo para fazer fotos profissionais dos seus pratos e deixar todo mundo com água na boca, seja ao abrir o @ do estabelecimento na web ou o cardápio digital na hora de escolher as delícias para consumir.

No mais, compartilha com a gente pelo Instagram @AbrahaoApp as promoções que fizer por aí que a gente reposta por aqui! Ficamos no aguardo, hein.