Quais tipos de café servir em cafeteria? Existem muitas alternativas: espresso – em diferentes versões quentes, geladas, panna e tônica –, pingado, latte, cappuccino, mocha, frappuccino, café gelado, cold brew e coado são exemplos do que oferecer de melhor para a sua clientela.
Essa bebida, que é paixão nacional independentemente do modo de preparo ou de ser servida quente ou gelada, está presente na vida do brasileiro em diversas ocasiões. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 80% da população é apreciadora do café. Você sabia?
Não à toa, o Brasil é um dos maiores consumidores e produtores de grãos no mundo inteiro.
Pois bem, se você quer inovar, oferecer mais opções no seu food service e transformar um simples cafezinho em uma experiência completa e única, dá uma lida nos próximos tópicos deste artigo e descubra tudo o que está proibido deixar para trás!
Começando por algumas dicas e finalizando com o "créme de la créme": 11 alternativas a serem adicionadas ao seu menu.
O que devo saber para servir um bom café?
Para não errar na hora de oferecer o seu carro-chefe, é importante saber que diferentes tipos de grãos possuem características peculiares quanto à acidez, o aroma e a doçura.
Esses fatores devem ser levados em consideração e explorados nos diferentes preparos e é fundamental que você se mantenha constantemente atualizado(a) em relação a eles.
Além disso, existem alguns outros detalhes que conquistam o coração do consumidor e merecem virar prioridade por aí, como estes que elencamos abaixo. Dá uma olhada!
Quais os tipos de grãos de café?
Os grãos mais consumidos no Brasil são o Arábica, o Bourbon, o Catuaí e o Robusta, mas existem vários outros tipos e espécies ao redor de todo o mundo.
O Café Arábica, do qual você provavelmente já ouviu falar, é queridinho no planeta e tem origem na Etiópia perto da segunda metade do século XVIII. Atualmente, nós o cultivamos por aqui: em Minas Gerais e São Paulo, por exemplo. Ele é considerado super complexo em termos de sabores, mas tem menos cafeína do que outros grãos.
O Bourbon também é mega-popular, mas um pouquinho mais ácido e de aroma mais marcante. O Catuaí também tem amplo cultivo em solo nacional – destaque para catuaí amarelo e vermelho – e pode ser consumido sem açúcar tranquilamente. O Robusta é mais amargo e, geralmente, origina os cafés que compramos no supermercado.
Uma vez sabendo mais detalhes sobre cada tipo, você pode buscar a resposta para a próxima questão.
O que meus clientes precisam saber sobre o café que eu vendo?
Tem quem goste de um cafezinho só para começar o dia, sem se importar com a origem do grão, mas, para quem é verdadeiramente fã da bebida, o maior atrativo está em conhecer opções diferentes, importadas, nacionais e/ou orgânicas.
Pense em ficar por dentro de cada detalhe relacionado especificamente às variedades que você escolher vender:
- quais as características peculiares de cada safra;
- quem produz e comercializa o grão;
- se existe rastreabilidade da produção;
- se são feitos investimentos em recursos e ferramentas mais sustentáveis;
- entre outros pontos.
Toda informação pode ser usada a seu favor no relacionamento com o cliente final e você pode até cogitar montar um menu de sabores de várias origens, que tal? Ah! Aproveite os estudos para explorar diferentes métodos de preparo de cada grão também.
Existem diferentes métodos de preparo que eu possa utilizar?
Fugir da mesmice e oferecer a bebida mais amada do Brasil preparada de diferentes formas – para além do "espresso" – também tem tudo para ser um diferencial da sua cafeteria. Aprofunde-se sobre prensa francesa, grãos moídos na hora, café coado, aeropress etc.
Faça um curso técnico e/ou contrate um barista com experiência. Isso é investimento!
Será que bebidas à base de café são boa ideia?
Tá aí outra pergunta que precisa de resposta! Sim, principalmente nos dias de hoje, com o aumento do número de amantes dos famosos "cafés gourmet", que incluem os queridinhos quentes e gelados:
- mocaccino (café com ganache, chocolate ou cacau);
- cappuccino (que inclui leite vaporizado e toques de canela);
- affogato (versão italiana com uma bola de gelato — ou sorvete aqui no Brasil — junto com o tradicional café com leite); e
- frapês (cafés gelados com cremes, chantilly ou caldas na receita, incluindo o gelo como ingrediente principal).
Você não precisa virar uma Starbucks, mas pode expandir o cardápio e usar isso como propaganda. Pense que você poderá divulgar o seu negócio como sendo aquele ambiente gostoso para fazer uma reunião ou passar algumas horas estudando e que, além de tudo:
- trabalha com grãos nacionais, importados e orgânicos;
- preparados de maneiras diferentes e curiosas por especialistas; e
- servidos quente ou gelados.
Atração de clientes na certa!
Agora, é só se aprofundar em relação às necessidades dos consumidores e o seu serviço ficará impecável.
Meu cliente precisa de opções para viagem?
Hoje em dia, tá todo mundo correndo o tempo inteiro e, por isso, sua cafeteria pode – e deve! – se adaptar à rotina da clientela. Experimente observar os horários de pico e deixar separadas as embalagens para viagem, acelerando o processo nos períodos de maior movimento.
Se você não disponibiliza embalagens para que os consumidores levem a bebida para consumir fora da sua cafeteria, estude como implementar essa facilidade, já que tá todo mundo correndo e é uma ótima ideia ter ainda mais comodidade nesse momento do dia, né?
Devo oferecer opções veganas, sem leite e sem cafeína?
Sim! Não é nem um pouco absurdo pensar em vender café, em uma cafeteria, sem cafeína. Tem gente que gosta tanto da bebida quanto os quase 80% de apreciadores medidos pelo IBGE, mas não pode consumi-la por algum tipo de intolerância. Dê uma chance para essas pessoas também!
Intolerância à lactose e dietas que têm como base o não consumo de produtos de origem animal são demandas cada vez mais crescentes no mercado e os clientes que não podem ou optam por não consumir lactose ou até mesmo cafeína não merecem ser deixados de lado no seu negócio.
Então, que tal preparar uma parte especial do seu menu para atender a esse público? Opções com leites vegetais, como o de amêndoas e soja, podem agradar tanto aos intolerantes à lactose quanto ao público vegano ou mesmo a quem quer pegar leve no consumo de produtos de origem animal.
Esses itens, bem como os sem cafeína, quando adicionados ao cardápio da cafeteria, são diferenciais que podem fazer do seu negócio um sucesso!
Qual o tipo de café mais disseminado?
O tipo de café mais disseminado – quando falamos sobre categoria e não sobre grãos – é o café gourmet. Acima dele, está o café especial, também bastante comum de encontrarmos em cafeterias. Abaixo, estão o café superior e o tradicional. Esse último é o que se compra no supermercado.
Fizemos uma tabela com as principais diferenças entre cada categoria para ajudar você a decidir qual quer vender por aí.
sabor & aroma | defeitos | valor agregado | |
Café tradicional | comuns | maior chance de existirem – na produção do café tradicional, grãos defeituosos podem ser encontrados | consumo para o dia a dia, comprado em supermercados |
Café superior | mais perceptíveis, mas ainda comuns | máximo 10% de grãos defeituosos na composição | alto valor agregado |
Café gourmet | fácil distinção de notas de nozes, notas achocolatadas e notas frutais; quase complexos | sem grãos defeituosos | maior exclusividade e qualidade, valor agregado aumenta em comparação ao café superior |
Café especial | complexos | sem grãos defeituosos e com processos extremamente rígidos de produção e controle | extremo valor agregado tanto pela qualidade do produto quanto pelo processo produtivo |
Quem determina a qual categoria pertence um grão, cultivado e vendido por determinada marca, são as associações que trabalham exclusivamente com isso, como a Specialty Coffee Association (SCA) ou Associação de Cafés Especiais, na tradução para o português.
Agora, sobre os diferentes tipos de café que consumimos: você viu anteriormente que o Arábica é o mais popular. Ele tem um custo-benefício melhor do que o Robusta e, se dividirmos a grosso modo, o consumo das duas espécies em todo o mundo fica assim: 70% Arábica e 30% Robusta.
Então, os cafés Arábica gourmet ou especial, hoje em dia, podem ser considerados as melhores alternativas para venda e consumo, já que os tipos de café desse grupo possuem aroma e doçura intensos, com diferentes níveis de acidez e sabor.
Eles também são a maioria no mercado de cafeterias.
Com um panorama geral, bora passar esse café do grão para a xícara e conferir quais são as 11 receitas que você não pode deixar de oferecer na sua cafeteria?
11 tipos de café para servir em uma cafeteria
Existem muitas coisas que não podem faltar em uma cafeteria, mas a principal é o café! Vem descobrir com a gente quais opções mais conhecidas e que precisam ser servidas em um negócio como esse.
1. Espresso
Concentrado e de rápido preparo, o espresso costuma ser servido em cafeterias estreladas no formato 30 ml, mas não é comum ver as xícaras sendo entregues ao cliente cheias quase até a boca no Brasil.
Aqui, existe o costume de se servir espresso em shots de 50 ml, apesar de isso não ser tecnicamente correto, porque a preferência do público do país é por porções maiores.
De um jeito ou de outro, o espresso requer uma máquina profissional de fazer café que tenha sistema de pressão e moagem apropriados para ser feito corretamente em uma cafeteria.
Nessa máquina, a água quente passa sob uma pressão cerca de dez vezes maior que o normal, por isso, a bebida "sai" com algumas características específicas, como o sabor intenso e a crema – aquela espuminha densa e que cobre o café.
Quando esse cafezinho tem menos 25 ml, dá-se a ele o nome de ristretto ou espresso curto e quando tem entre 45 ml e 50 ml, ele é chamado de café longo, espresso longo ou, simplesmente, lungo em muitos lugares.
O espresso duplo costuma ter 60 ml e o americano é um espresso duplo ainda maior porque precisa de mais água para a sua extração. Parece com o café filtrado: quase um balde (150 ml)!
Variedades do café espresso | Tamanho (ml) |
Ristretto ou espresso curto | 25 ml |
Espresso tradicional | 30 ml |
Lungo ou espresso longo | 45 a 50 ml |
Espresso duplo | 60 ml |
Americano | 150 ml |
Não podemos esquecer o machiatto – um espresso tradicional com uma espuminha de leite por cima! Aliás, por falar em café com leite…
2. Pingado
O pingado, nosso famoso "café com leite", é o protagonista das mesas brasileiras e leva esse nome porque, figurativamente, um "pingado de leite" passa a ser acrescido sobre o café para que o seu preparo saia perfeito, mas, na prática, não é a proporção dos ingredientes que o define.
A dica para fazer essa receita é evitar ferver ou aquecer demais o leite para que ele não perca o sabor. Depois, é só ir adicionando aos poucos o café – espresso ou coado.
Aliás, o fato de o leite não ser aquecido demais justamente diferencia o café com leite do latte vendido nas cafeterias. Dá uma olhada!
3. Latte
De origem italiana, o latte é um clássico composto por espresso, duas doses de leite vaporizado e uma camada fina de espuma de leite.
Essa variedade é geralmente confundida com o café com leite ou com o cappuccino e até chamada de "cappuccino com mais leite" em alguns lugares, mas ela tem menos espuma, entre outras características diferentes.
4. Cappuccino
Não tem como negar, o cappuccino é a versão "gourmetizada" de café mais conhecida e servida por aí!
Ele leva um terço de espresso, um terço de leite vaporizado e um terço de espuma de leite – densa e cremosíssima, o que afeta a sensação que temos quando a bebida entra em contato com a boca.
Viu como o simples ato de tomar um café pode se transformar em uma experiência de sensações?
No Brasil, por inspiração de países europeus, o cappuccino ainda é servido com mais alguns detalhes e ingredientes, como o chocolate e a canela em pó, que trazem um sabor especial e contribuem, inclusive, com um belo "latte art" – o desenho feito na espuma.
5. Espresso panna ou espresso italiano
Ainda respirando ares europeus, mais especificamente, italianos, o espresso panna entra na lista de "primos" do cappuccino e do café com leite. Ele nada mais é, como o nome já diz, do que uma mistura incrível de café espresso + panna – creme de leite fresco batido na hora.
Em terras brasileiras, esse creminho costuma dar lugar para o chantilly. Fica tão bom quanto!
Tanto o panna quanto o latte, o cappuccino e o pingado podem ser oferecidos de outras maneiras no seu empreendimento: sem lactose ou com leite de amêndoas, soja, arroz, côco ou castanhas, entre outras muitas opções seguras para quem tem intolerância à lactose.
O mesmo vale para mais ideias que vêm a seguir.
6. Mocha
Que tal uma combinação entre café e chocolate? O mocha ou mocaccino é uma verdadeira explosão de sabor, servido em camadas de espresso, leite vaporizado, espuma de leite e chocolate.
O drink trifásico tem esse nome porque "mocha" é um tipo de grão com sabor achocolatado, que é menor e mais arredondado que os outros e foi exportado principalmente pela cidade de Mocha, no Iêmen, mas não necessariamente precisa ser preparado com tal variedade.
Para servi-lo, use uma xícara ou um copo que tenha pelo menos 200 ml e não esqueça de caprichar!
Faça testes antes de começar a vender para ver se está muito doce, afinal, nenhum exagero é bom. Você ainda pode inovar e adicionar ao preparo outros ingredientes, como caldas ou creme de baunilha. Experimente uma versão descafeinada também.
7. Frappuccino
Com café ou descafeinado, assim como o mocha, o frappuccino é aposta certeira em cafeterias, principalmente em dias mais quentes.
Originalmente, ele leva sorvete e espresso na base da sua composição. Outros ingredientes são adicionados à escolha de quem comanda cada cafeteria e o resultado fica muito parecido com o de um milk-shake, nunca com menos de 300 ml, ok?
8. Café gelado ou iced coffee
Seguindo nas receitas refrescantes e trazendo mais uma tendência mundo afora, o café gelado ou iced coffee é uma bebida simples de ser preparada: você precisa apenas resfriar em banho-maria ou em temperatura ambiente o café que já foi coado e depois adicionar gelo à mistura.
Se você gosta de inovar, pode também adicionar leite condensado ou fazer algumas versões que levam água com gás, laranja, açúcar e até chocolate. Mostre toda a sua criatividade e mande ver nos sabores!
9. Cold brew
Além do café gelado, você também pode oferecer a opção cold brew, que é uma receita especial, com cerca de 70% menos acidez que os cafés quentes, possuindo uma doçura inconfundível e um aroma ainda mais exclusivo.
Ao contrário da receita tradicional de iced coffee, o cold brew é feito através da infusão dos grãos de café em água fria e com descanso de 10 a 15 horas após o processo de infusão para aquisição do sabor e aroma tão marcantes.
10. Espresso tônica
Voltando ao espresso, mas agora numa versão "verão", o espresso tônica não só é gostoso, como é chique e muito instagramável. Ele leva café espresso, claro, vários cubos de gelo (sempre feitos com água filtrada!), água tônica e limão.
Tem quem escolha adicionar ao preparo o limão em rodelas, outras cafeterias colocam um pouco de suco do limão e muitas optam por preparar um xarope de limão específico para o espresso tônica. No xarope já vai açúcar, então, a bebida chega pronta ao consumidor se ele concordar com o consumo desse adoçante natural.
Algumas folhinhas de hortelã também caem super bem.
Dá pra fazer com laranja? Dá, sim! Aí, a bebida vai se chamar "orange espresso tonic" ou você precisa deixar a sua criatividade agir para, de alguma forma, mostrar ao cliente que houve uma substituição de ingredientes em relação à receita original.
11. Café coado ou filtrado
Por último, mas não menos importante na nossa lista, está o café passado no coador! Ele tem sua versão tradicional, feita em coador de pano, e também sua versão mais profissional, em coadores como o da marca "Hario" (foto), invenção que mudou completamente o universo das cafeterias.
No meio dessas duas, está o café coado no filtro que muitos de nós temos em casa, colocado sobre o coador de papel que compramos no supermercado. Será a sua aposta? Lembre-se apenas de molhar o papel com água bem quente antes de adicionar o pó.
E certifique-se sempre de que a proporção entre água e café esteja correta! Para o preparo não ficar nem tão forte e nem tão fraco.
Quem não gosta daquele café caseirinho, passado na hora e que, só pelo cheiro, desperta tantas memórias afetivas? Temos aqui uma ótima opção para quem quer fazer o cliente se sentir em casa.
Pronto!
Agora que você já sabe tudo o que precisa sobre os cafés que não podem faltar no seu food service, que tal inovar e implementar soluções digitais para obter ainda mais resultados com a venda dessas verdadeiras delícias?
Aposte no simples e moderno, nós temos certeza que vai ser um sucesso. Conseguimos sentir o cheirinho daqui e ele é ótimo!
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