10 dicas de psicologia do consumo no cardápio de restaurantes

A psicologia do consumo em restaurantes pode ser uma grande aliada do seu negócio, desde que você saiba usá-la. Que tal aplicar no cardápio? Aprenda como.

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Mulher concentrada usando smartphone e anotando em mesa com decoração de Natal em ambiente de trabalho moderno e agradável com plantas.

A psicologia do consumo é o estudo dos fatores que influenciam as decisões de compra dos clientes, e cabe perfeitamente para tomadas de decisões em restaurantes. Ela considera aspectos emocionais, cognitivos e ambientais que afetam o momento da escolha de “o que consumir”. 

Esse estudo também pode analisar como os clientes interagem com o cardápio, percebem os preços e personalizam seus pedidos, ajudando gestores a compreender mecanismos importantes para potencializar vendas e/ou melhorar a experiência gastronômica.

E estratégias simples, como a melhor organização dos itens, o uso de descrições envolventes e até a disposição visual dos preços, podem influenciar nas decisões do público-alvo, então, aplique a psicologia de consumo para tornar seu menu mais eficiente!

Ao longo deste artigo, você vai descobrir exatamente como atrair clientes com o seu cardápio.

1. Teste diferentes estratégias de precificação

Primeiros passos:

  • Apresente preços quebrados em vez de redondos
  • Evite colocar o cifrão na frente dos números
  • Estude sobre preço-isca
  • Liste os itens do mais caro para o mais barato
  • Destaque produtos “recomendados” ou “mais pedidos”

Somadas às mudanças visuais, textuais e estruturais que você vai conhecer nesta lista, a maneira como as despesas são informadas a quem vê o menu importa – e muito!

2. Faça descrições persuasivas

Se o cardápio de um restaurante influencia diretamente a percepção de valor e a decisão de compra dos clientes, para atraí-los, busque maneiras de encantar com palavras e facilitar a escolha.

  • Detalhe cada receita, enfatizando ingredientes e sabores únicos
  • Adicione à descrição termos que despertem os cinco sentidos
  • Use palavras que dão água na boca e gatilhos mentais famosos (você vai ler mais sobre eles no tópico que fala de promoções)

Por que divulgar um “filé de peixe com legumes” se você pode incentivar a compra informando que tem, à disposição, um “delicioso filé de peixe fresco, acompanhado de legumes crocantes e molho cremoso da casa”?

3. Organize os produtos com coerência

O cérebro tende a lembrar melhor dos primeiros e dos últimos itens que vê – esse fenômeno é conhecido como “efeito de primazia e recência” –, então, a disposição dos itens e o layout estratégico interferem na capacidade de vendas de um menu.

Você pode deixar pratos mais lucrativos em áreas de maior atenção, como o canto superior direito do cardápio se ele for impresso ou a capa do cardápio digital no tablet

4. Use o máximo de fotos (boas) possível

5. Alie psicologia do consumo à psicologia das cores

Não se esqueça: cores quentes, como vermelho, amarelo e laranja, estimulam o apetite, enquanto tons sóbrios transmitem sofisticação, por exemplo, e cores frias, como azul e verde, podem indicar calma ou frescor.

Um prato gourmet pode ser melhor destacado com uma cor sóbria e terá a atenção da freguesia, enquanto pratos com bom CMV podem ser destacados com cores vibrantes que estimulam o desejo de experimentar.

Para completar, ao pensar no design do menu, considere também a tipografia, que deve ser nítida e legível. 

Gráfico informativo sobre a psicologia das cores no cardápio de restaurante, destacando a função de cada cor para influenciar a percepção dos clientes.

6. Não faça promoções só por fazer

Crie ofertas que só estejam disponíveis por tempo limitado ou em horários específicos, despertando a urgência do consumo, e promoções específicas em datas comemorativas, enfatizando a exclusividade.

Analise o comportamento do consumidor para saber o que ele quer ganhar ao comprar do seu restaurante: frete grátis, cupom para a próxima visita..? Então, na divulgação da oportunidade, volte aos gatilhos mentais que você já terá aplicado na construção das descrições do cardápio.

Em linhas gerais, esse tipo de linguagem ativa a liberação de dopamina no cérebro, associada ao prazer e à recompensa, o que torna tudo  mais tentador.

Gatilhos mentais no consumo de restaurantes
Gatilho Aplicação Exemplo
Urgência Oportunidade limitada "Só hoje: 20% OFF"
Escassez Venda ocasional "Não perca! 5 porções disponíveis"
Prova social Gerar confiança "O mais pedido pelos clientes"
Exclusividade Venda exclusiva "O melhor da casa só para você"
Autoridade Provar expertise "Receita premiada"
Reciprocidade Incentivar retribuição "Ganhe desconto ao pedir..."
Novidade Apresentar lançamento "Novo item no menu!"
Contar história Gerar conexão emocional "Receita da avó do chef"
Segurança Garantir que a escolha é boa "Você não vai se arrepender"
Confiança Informar confiabilidade "Provado e aprovado por..."

Ufa! Em frente!

7. Sugira combinações

Mostre ao freguês que você o conhece e se importa com a experiência dele, sugerindo combos promocionais ou mesmo itens individuais que deixem aquele gostinho de quero mais, atendam aos desejos da refeição do momento e facilitem a escolha enquanto aumentam seu ticket médio.

8. Ofereça degustações

Sem deixar o caixa no vermelho, permita que o público prove uma amostra de pratos ou bebidas antes de decidir pela compra. Isso pode aumentar as chances de vendas, especialmente de novos itens ou pratos mais caros.

9. Crie um programa de fidelidade

Ainda na ideia de mostrar que o cliente vem em primeiro lugar, incentive a lealdade da galera trocando o consumo por brindes e vantagens VIPs! A ideia de criar um programa de fidelidade para o seu bar ou restaurante e sinalizar as vantagens no menu vai fazer seu cardápio vender mais.

10. Interaja com o cliente

Sabendo que interação não é sinônimo de pressão na hora da escolha ou de abordagens em excesso por parte do garçom, considere criar um cardápio digital interativo para interagir com o cliente do jeito dele e colocar várias outras dicas desta lista em prática.

As técnicas de neuromarketing para restaurantes não são novas, mas se atualizam com o passar do tempo. Sempre baseadas na forma como o cérebro reage a estímulos de marketing, elas combinam a psicologia do consumo à neurociência e vão ajudar você a impactar – positivamente! – as escolhas de quem busca pela sua marca.

Molde cada experiência, fazendo o cliente voltar. Comece agora.

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