O grab and go – pegar e levar – é um modelo de negócios utilizado principalmente em cafeterias, supermercados e lojas de conveniência, mas não somente. Os clientes que procuram estabelecimentos assim compram, pagam e levam seus produtos já prontos para consumo, a exemplo de saladas e sucos prontos.
E investir nesse modelo é uma tendência do foodservice, afinal, a opção se tornou conveniente para quem tem pressa ou precisa fazer uma refeição mais rápida, de dentro do carro ou do transporte público, entre reuniões etc.
Porém, para adotar o grab and go, empreendedores precisam considerar alguns aspectos, incluindo a localização de seus negócios. Entenda mais detalhes neste artigo!
O que é grab and go: explicação rápida
A expressão “grab and go” vem do inglês, e pode ser traduzida para o português como “pegar e ir”, no sentido literal, ou seja, comprar um produto já pronto para ser consumido fora do ambiente da loja, de maneira mais rápida e prática.
Esse modelo de negócios é muito comum nos Estados Unidos e na Europa, e lojas que o adotam oferecem, principalmente, alimentos para o café da manhã e para pequenas refeições, como lanches, muito procurados por todos os que passam o dia circulando pelas ruas de grandes metrópoles.
O grab and go agiliza a compra, pulando as etapas de fazer o pedido e aguardá-lo chegar na mesa, e difere dos fast foods porque, geralmente, vende produtos mais saudáveis, apesar de muitos também comercializarem, por exemplo, bebidas alcoólicas.
Como trabalhar no formato grab and go?
Quem quiser montar um negócio nesse formato precisa pensar não só na infraestrutura como um todo, mas também nos equipamentos necessários para atender às necessidades dos consumidores e até na disposição das prateleiras, de forma que elas ajudem a vender mais.
Considere uma pessoa que está correndo de um compromisso para outro, mas precisa almoçar e não tem muito tempo para fazer uma refeição completa: se ela passa por uma rua na qual há um negócio grab and go, cujo ponto comercial seja estrategicamente localizado, com vagas disponíveis de estacionamento e sem fila no caixa, provavelmente vai parar para comprar!
Quando é assim, vale a pena investir no modelo.
Vale a pena investir em grab and go?
Esta resposta depende de diversos fatores, incluindo, principalmente, a demanda das pessoas em torno da área na qual você pretende criar o seu negócio. Sem contar a concorrência, que definitivamente precisa ser analisada dentro de uma pesquisa de mercado antes da decisão.
3 fatores para analisar antes de investir em grab and go | |
Fator | Análise |
1. Demanda | Pesquise a região e estude se há demanda por lá. Considere o estilo de vida das pessoas que circulam nos arredores. |
2. Concorrência | Avalie se existem outros comércios que atuem com esse modelo e entenda quais diferenciais o seu negócio precisa oferecer. |
3. Lucro | Entenda a sua realidade financeira como pessoa jurídica antes de investir, e considere custos fixos e variáveis do negócio, incluindo o aluguel do espaço. |
Você pode implementar o grab and go dentro de um negócio já existente também se, depois de ponderar os três fatores listados acima, ficar claro que as pessoas que frequentam o seu restaurante ou pedem do seu delivery também poderiam usufruir dos serviços ao estilo pegar e levar. Vale o teste!
Muitos hipermercados e supermercados no Brasil, assim como farmácias e cafeterias, optaram por fazer isso e ganharam mais fregueses e rentabilidade. Sugestão: visite aqueles mais pertos de você dentro de um contexto semelhante ao descrito mais acima – de pressa e de fome – e viva a experiência como consumidor(a). Avalie como você se sente.
Dicas para implementar grab and go em pequenos negócios
Para pequenos empreendedores, especificamente, que querem implementar o modelo em negócios já existentes, a dica é fazer isso aos poucos, focando em alimentos que já estejam no cardápio e que possam permanecer mais horas em embalagens – refrigeradas ou não – sem perder a qualidade.
E mais!
- Dá para criar um menu só para o grab and go, mas isso tem que ser feito de maneira estratégica, com base na engenharia de cardápio, e sempre priorizando alimentos frescos, saudáveis e de fácil consumo.
- Atenção para a gestão de estoque, a data de validade dos itens e a adequação das vendas às normas impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
- Cuide para que o preparo do seu menu “pegue e vá” seja feito de acordo com o que seu estabelecimento oferece. Não adianta querer vender hambúrguer se a loja é especializada em açaí, né?
- Se quiser ir além do que o negócio já vende, reveja a estrutura e os equipamentos disponíveis.
- Capacite a sua equipe para atender quem tem pressa (e fome)!
Aí, é só ir adequando um detalhe aqui e outro ali conforme se tornar necessário – e isso vai acontecer, então, trabalhe sua resiliência e flexibilidade no decorrer do processo.
8 tipos de produtos que podem ser vendidos no grab and go
Na lista a seguir, você encontra algumas ideias do que vender na sua loja, seja uma cafeteria, uma lanchonete, um restaurante etc.
1. Bebidas não alcoólicas
- Diferentes tipos de cafés gelados e quentes
- Chás gelados e quentes
- Chocolate quente
- Sucos variados
- Água
- Refrigerantes
- Água de coco
2. Bebidas alcoólicas
- Vinho em lata
- Cervejas artesanais em garrafas pequenas
3. Sanduíches
- Misto quente ou frio
- Sanduíche de frango grelhado
- Berinjela e tomates (vegetariano)
4. Saladas
- Mix de folhas com frango grelhado e molho caesar
- Rúcula e alface com grão-de-bico, faláfel e molho tahine
- Salada fria de macarrão
- Salada caprese
5. Wraps
- Peito de peru com queijo branco
- Atum com salada
- Frango grelhado com ricota
- Mix de legumes (vegetariano)
6. Comida japonesa
- Sushis
- Sashimis
- Shimeji refogado
- Guioza assado
- Yakissoba
- Temakis
7. Quitutes
- Empadinhas
- Croissants
- Donuts
- Brownies
- Cookies
- Croissants
- Muffins
- Mini sanduíches
8. Outros
- Açaí
- Saladas de frutas
- Iogurtes individuais
- Barrinhas de cereal
- Sanduíches naturais
Certifique-se de disponibilizar um atendente e um forno para aquecer as comidinhas que ficam mais gostosas se consumidas quentes e de contar com uma boa geladeira para as bebidas que precisam ser servidas geladas!
Embalagens que retêm calor são imprescindíveis para alguns itens quentes, assim como uma logística de produção quase imediata daquilo que você pretende vender, principalmente no caso dos alimentos frescos.
Além de tudo, busque maneiras de deixar claro ao consumidor o que é vegano e o que é vegetariano pelo menos e de sinalizar alternativas sem glúten e sem lactose. Avalie o seu público-alvo para saber como você vai atender ao que ele precisa.
Ainda se perguntando por que apostar no grab and go?
Se implementado com um plano de negócios pautado pela estratégia, o modelo coloca uma variedade de produtos de rápido consumo à disposição dos clientes e pode resultar em um ticket médio elevado para os estabelecimentos!
De um lado, quem precisa de um consumo rápido e fácil, de produtos frescos, se satisfaz. Do outro, dá para trabalhar com uma estrutura menor, mais compacta e uma equipe reduzida num endereço de maior movimento, vendendo da hora de abertura até o fechamento. Até rimou.
E, a longo prazo, estabelecimentos que optam por ser somente grab and go podem criar franquias ou expandir através de parcerias com academias, hospitais e condomínios de apartamentos ou casas!
Agora, é só você continuar acompanhando o blog para donos de restaurantes e bares da Abrahão para se manter 100% atualizado(a) sobre todo o universo do foodservice e escolher o melhor caminho a seguir.
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